O câncer de mama surge do crescimento descontrolado das células formando o tumor.
É o tipo mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma. Em 2020 estima 66.280 novos casos (INCA).
Vários fatores de risco estão relacionados ao câncer de mama, dentre os quais a idade (maioria acima de 50 anos), sedentarismo, consumo de álcool, exposição a raio x, primeira menstruação abaixo de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gestação acima dos 30 anos, menopausa acima dos 55 anos, história familiar de câncer de mama e ovário e mutação do gene BRCA 1 e BRCA 2. Destes, a idade é o fator mais importante e o caráter genético/ hereditário corresponde apenas a 5 a 10% dos casos, ou seja, a maioria das mulheres que apresentam câncer não tem histórico familiar.
Os sintomas mais comuns de câncer de mama são:
Quando a mulher apresenta qualquer desses sintomas deve procurar com um mastologista que além do exame clínico da mama solicitará os exames pertinentes, como mamografia, ultrassonografia e em alguns casos ressonância magnética, Em seguida, tendo alguma alteração será solicitado uma biópsia que pode ser por agulha fina (PAAF) ou grossa (core biopsy).
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.
Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.
O tratamento variará conforme o caso, do tamanho e tipo do tumor. As modalidades de tratamento cirúrgico são as cirurgias conservadoras e mastectomia:
Cirurgia conservadora: quadrantectomia, setorectomia ou tumorectomia. Consiste em retirar uma parte da mama com uma margem de segurança.
Mastectomia: nessa cirurgia toda a mama é retirada, preservando os músculos peitorais
Cirurgia dos linfonodos podem ser:
O tratamento sistêmico consiste em quimioterapia, hormonioterapia e imunoterapia, a indicação dependerá das características tumorais e fatores relacionados à paciente.
A prevenção do câncer de mama consiste em realizar exames anuais com mastologista, mamografia a partir dos 40 anos, praticar atividade física, alimentar de forma saudável, amamentar e evitar consumo de álcool.